Eu sempre fui minha única verdadeira
companhia. Ter pensamentos profundos tem seu preço. Durante certas épocas, esse
preço me pesa. Tento fugir da minha condição fundamental: a de que sou
basicamente solitário; por vezes, sozinho também.
Por mais que tenha tentado encontrar durante toda a minha vida uma companhia que esteja autenticamente ligada a mim, a verdade é que, no final das contas, fracassei. Ou, em outras palavras: perdi uma ilusão. Mas como tenho um forte para gracejos, posso dizer que saio ganhando: menos uma ilusão nesse mar de ilusão que é viver. Sou uma ilha diante desse mar. Apesar disso, uma ilha exótica e profundamente vaidosa. Orgulhosa de ter consciência de que é rara e de difícil acesso, por isso de alto valor. E se digo “alto valor” é porque sei o quanto a minha condição - de solitário - e a consciência dela me coloca num estado fecundo para o pensamento, para o êxtase da introspecção contínua e diária e para a invenção de ilusões próprias, por isso radiante como ouro.
Não tenho nada contra as ilusões em si, mas condeno quem tem as que não lhe são próprias. A ilusão foi o primeiro ato do nosso primeiro ancestral provavelmente, sem ela não teríamos sobrevivido e chegado até aqui.
Por mais que tenha tentado encontrar durante toda a minha vida uma companhia que esteja autenticamente ligada a mim, a verdade é que, no final das contas, fracassei. Ou, em outras palavras: perdi uma ilusão. Mas como tenho um forte para gracejos, posso dizer que saio ganhando: menos uma ilusão nesse mar de ilusão que é viver. Sou uma ilha diante desse mar. Apesar disso, uma ilha exótica e profundamente vaidosa. Orgulhosa de ter consciência de que é rara e de difícil acesso, por isso de alto valor. E se digo “alto valor” é porque sei o quanto a minha condição - de solitário - e a consciência dela me coloca num estado fecundo para o pensamento, para o êxtase da introspecção contínua e diária e para a invenção de ilusões próprias, por isso radiante como ouro.
Não tenho nada contra as ilusões em si, mas condeno quem tem as que não lhe são próprias. A ilusão foi o primeiro ato do nosso primeiro ancestral provavelmente, sem ela não teríamos sobrevivido e chegado até aqui.
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